Museus

Museu Histórico e Artístico do Maranhão 


Localizado no centro de São Luis, num solar do século XIX, o Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM foi inaugurado em 28 de Julho de 1973, data em que se comemora a adesão do Maranhão à Independência do Brasil.

Com a missão de zelar pelo patrimônio maranhense, divulgar e incentivar todos os segmentos da cultura, o MHAM é reconhecido como a instituição museológica de acervo erudito mais importante do Estado, sendo composto por aproximadamente 10.000 mil peças, dentre elas: mobiliário maranhense da primeira metade do século XIX azulejaria de origem diversa, porcelana, coleção numismática, vidros, cristais, pinturas, esculturas, gravuras, arte sacra católica, arte de origem africana e acervo documental, incluindo o original da obra de Aluízio de Azevedo, ”O Mulato”, além de uma relevante coleção bibliográfica.

O Museu Histórico e Artístico do Maranhão é também um local privilegiado para a difusão cultural, dinamizando seus espaços para atividades que fortalecem a identidade cultural maranhense, sejam com projeções de filmes, exposições de curta direção apresentações culturais, visitas monitoradas, espetáculos teatrais, palestras que possibilitam encontros, geram reflexão, debates, fruição artística e difusão cultural.

Museu de Arte Sacra

O solar Barão de Grajaú, prédio anexo ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão, onde funciona o Museu de Arte Sacra-MAS, foi construído no século XIX.Outrora fora residência do Barão de Grajaú, Carlos Fernandes Ribeiro, e sua esposa, a baronesa Anna Rosa Vianna Ribeiro, que foi processada pela morte de um escravo, fato explorado pelos jornais contrários à corrente partidária do Barão. Por histórica coincidência o prédio é o mesmo em que foi instalada a primeira instituição museológica do Estado, o Museu Pio XII, criado em 1956, por iniciativa de Dom José Delgado, então arcebispo metropolitano, a quem o Maranhão deve igualmente sua primeira Universidade. Extinto o Museu Pio XII, em 1967, seu acervo foi transferido, em 1973 para o Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Em 1992, o Governo do Estado do Maranhão, através da Associação dos Amigos dos Museus, adquiriu o prédio de propriedade da Arquidiocese de São Luis para abrigar o MAS. A montagem do museu foi possível graças ao patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce e a Associação dos amigos dos Museus, que não mediram esforços para concretizar o sonho dos maranhenses, que desejavam um espaço único para contemplar e exibir as valiosas peça de imaginária e ourivesaria, que contam a História da Igreja no Maranhão. Seu acervo, que pertence em parte à Arquidiocese de São Luis, é composto por peças dos séc. XVIII e XIX nos estilos mareirista,rococó e neoclássico.

O acervo do MAS é constituído por imagens de santos, incluindo santos de roca, que tradicionalmente eram utilizados em procissões da Semana Santa. Assim como também, uma imponente coleção de ourivesaria neoclássica, cobrindo desde o período de finais do século XVIII ao século XX. Objetos sacros utilizados nas cerimônias litúrgicas das Igrejas de São Luis, como cálices de missas, crucifixos em prata de lei com pedrarias, oriundos de Portugal; custódias e lanternas de procissões; vasos raros de Santos Óleos; cruz processional da Capela dos Navegantes; resplendor em prata da Igreja do Desterro e vestimentas utilizadas por padres e bispos em cerimônias religiosas enriquecem o acervo do MAS.  

Museu de Artes Visuais



Seu prédio, um sobrado edificado no século XIX, com três pavimentos e um mirante, possui fachada revestida com azulejos portugueses do século XIX, grades de ferro nas sacadas e um mirante, de onde é possível observar a vista da Praia Grande,a Praça do Comércio,os telhados coloniais e o Rio Bacanga.

Criado para atender uma antiga necessidade de descongestionar o Museu Histórico e Artístico do Maranhão,e também para atender a uma reivindicação da classe artística maranhense que necessitava de um espaço para exposição e guarda do acervo de Artes Plásticas, o MAV tem em seu acervo importantes coleções de obras artistas plásticos maranhenses de todos os tempos,incluindo pinturas,gravuras,desenhos e esculturas.São trabalhos de artistas renomados,como Miguel Veiga,Dila,Antônio Almeida,Newton Sá e tantos outros, além de peças de artistas nacionalmente consagrados,entre eles,Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi e Ademir Martins. Um de deus destaques é a coleção doada por Assis Chateaubriand a qual contempla entre outros renomados artistas internacionais, a obra tauromaquia do grande mestre Pablo Picasso,recentemente restaurada pelo Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro. O MAV abriga ainda azulejos,peças decorativas em vidros,cristais,metais e madeira,além de Biblioteca Assis Chateaubriand, com acervo especializado na área de arte,história e literatura maranhense.

Galeria Nagy Lajos
- Anexa ao Museu de Artes Visuais, recebeu este nome em homenagem ao artista plástico húngaro, Nagy Lajos, que formou uma importante escola de arte no Estado e contribuiu para a formação de novos artistas. Seu calendário de exposições temporárias atende a demandas de acordo com a solicitação dos artistas ou programação dos Museus. 

Cafua das Mercês


Localizado no bairro da Praia Grande,antigo bairro das grandes casas, comerciais do Maranhão, no início do século XIX, a Cafua das Mercês também conhecida como Museu do Negro é um espaço cultural destinado a preservação da memória da forte presença,da cultura afro no Maranhão.

Neste espaço museológico encontram-se instrumentos do período da escravidão, objetos da cultura afro-maranhense, sobretudo do tambor-de-mina (indumentária, acessórios de indumentária e instrumentos musicais utilizados nos rituais religiosos da Casa das Minas, Casa de Nagô e outros terreiros do Maranhão), e uma valiosa coleção de arte africana proveniente de diversas regiões e etnia da África, a exemplo de grupos culturais como Bambara, Dogon, Senufo e outros.

Segundo a tradição, a Cafua das Mercês era um antigo depósito de escravos, construído no século XVIII para receber os negros africanos, que desembarcavam no Portinho vindos da África, para ali serem comercializados. O aspecto sombrio do prédio, em estilo colonial, de fachada uniforme, contendo apenas uma porta principal ladeada e encimada por seteiras centradas em nicho emoldurados por argamassas, constituindo as únicas aberturas de luz e ventilação do prédio, indica a tirania da escravatura. O prédio é pequeno com apenas dois pavimentos, com um compartimento cada, embora se saiba que o mesmo já ocupou área bem maior e que no seu interior havia outros compartimentos hoje extintos. 

O pátio interno é revestido de cantaria e cercado por um alto muro de pedras, neste pátio existe um réplica de pelourinho, outrora existente no Largo do Carmo ,executada de acordo com um desenho que consta no livro “ O cativeiro”, de Dunshee Abranches.

Casa do Maranhão

O museu folclórico funciona no antigo Prédio da Alfândega, datado de 1873.  É um espaço que guarda um pouco das preciosidades das festas maranhenses.

Foi criado em 2002 para mostrar a cultura do Bumba-meu-boi. A Casa faz parte do projeto Reviver, idealizado na década de 70, que visa a restaurar o Centro Histórico de São Luís e preservar assim construções da época do Império, além de transformar alguns prédios em museus que contam por meio de artesanatos, imagens, bonecos, esculturas, quadros a riqueza cultural do Estado.

No piso inferior há uma lojinha de suvenir e uma sala destinada ao Reisado Careta - dança popular profano-religiosa, na qual festeja-se a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado compõe-se de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.

O grupo de reisado recebe o nome do criador. Em São Luís não tem careta, são personagens mais parecidos com o auto de Natal.

No piso superior, num espaço bem amplo há várias salas e vitrines que exibem o acervo sobre Bumba-meu-boi.

Casa de Nhozinho



A Casa de Nhozinho localizada na Rua Portugal, 185, é um sobrado de três pavimentos com fachada de azulejo colonial. O nome Casa de Nhozinho é uma homenagem ao artesão maranhense Antônio Bruno Nogueira, conhecido por Nhozinho, que se destacou pela confecção de rodas de boi feitas de buriti. Outros artistas como Caxixi, João do Farol, Beto Bittencourt, também tem suas obras expostas.

No espaço, vê-se amostras da produção da cultura material do maranhense no seu dia-a-dia: tipos populares em miniatura; brinquedos de criança como roda gigante, avião, marionetes, carrinho, carroça, também em miniatura; bonecos de carnaval; veículos de locomoção como carros de boi e canoas; teares e outros instrumentos de trabalho; ervas usadas para curar doenças; artigos para decoração em barro, ferro, material reciclável, palha.